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Estamos em outubro e neste mês ocorre a campanha do “Outubro Rosa” cujo o objetivo é proporcionar discussões a respeito do câncer de mama, fornecer informações sobre prevenção e cuidados.

É muito interessante constatar que a cada ano dessa campanha as pessoas vão conhecendo um pouco mais sobre o assunto, vão sendo divulgadas novas informações, novas estatísticas, novos tratamentos e exames possíveis.

Como em um sistema de retroalimentação, a cada ano mais pesquisas são feitas e publicadas, novas informações são adquiridas e mais pessoas são atingidas.

Gosto de pensar que muito daquilo que estaria envolto em uma fumaça de preconceito ou de fatalidade, vai sendo substituído pouco a pouco por uma coragem maior entre todos nós, e assim, as dores, dúvidas ou medo vão sendo divididos entre um grupo maior de pessoas gerando um grande conforto tanto para aqueles que passam pela doença, como por aqueles que acompanham os pacientes.

Outro resultado que as campanhas trazem é este olhar para as pessoas que estão a minha volta. As mulheres do meu grupo familiar têm feitos os exames? Minhas amigas estarão atentas? Posso inclusive incentivar as pessoas que trabalham comigo a fazerem a prevenção da saúde delas.

O poder da informação e da desmistificação

Em uma espécie de onda de multiplicação, vamos discutindo sobre outros tipos de câncer ou outras doenças que acometem as mulheres: falamos sobre menopausa, sobre o envelhecer, sobre saúde de um modo geral e a qualidade de vida. E assim, a discussão se amplia enormemente. Para quem é da área da saúde sabe a importância que a informação tem: quanto mais sabemos mais podemos fazer.

Hoje em dia contamos com exames, médicos e amigos para nos colocar a par das notícias sobre o tema, mas no fundo o foco é sobretudo o autocuidado! Esta palavra, “Autocuidado”, pode parecer banal e alguns podem até relacionar com uma espécie de ato narcísico, em que há uma valorização exacerbada de si mesmo. No entanto, o autocuidado é a chave para um entorno mais saudável. Se tenho uma atenção maior comigo mesma, vou ter também este olhar em relação as pessoas que estão ao meu redor.

Sabendo sobre a importância de ter atenção com o meu corpo e a minha saúde, faz com que eu não me assuste ao ouvir que alguém está fazendo exames ou algum tipo de pesquisa sobre estes temas. Falar sobre saúde faz com que ela deixe de ser um tabu e tudo fica mais fácil de ser abordado.

A atenção conosco também faz com que notemos com mais facilidade quando algo está “fora do nosso padrão de saúde” e se isso puder ser acompanhado pelos familiares e profissionais da saúde de confiança melhor ainda.

Quanto mais procura acha?

Há uma máxima que diz que quem procura acha, dando a entender que quanto mais exames e consultas forem feitas maiores serão as chances de descobri algo desagradável sobre sua saúde. Pode ser que isto seja verdade, no entanto, o diagnostico precoce propicia intervenções mais simples e eficazes.

Somos muito zelosos com nossos carros e casas, mas ao contrário deles, nosso corpo, que em última instância é nossa morada principal, jamais poderá ser trocado ao longo desta existência. Sendo assim, todo investimento feito em prol de nossa saúde sempre valerá muito a pena. E quem sabe viveremos o bastante para ver que encontraram a cura para um mal que em algum momento poderia perturbar nossas vidas.